sábado, 18 de agosto de 2012

apocalipse

vim nesta vida a passeio
recreio interminável
nasci poeta
esqueça
pau que nasce torto
vira trepadeira
entre paris e barcelona
trazer à tona
o meio da terra
o magma
denso
pra depois submergir
e verter
o inverso
nas águas frias
dos pirineus

verbalizei
o concreto na sala estar
não foi fácil
vomitar na sua frente

passei por aqui
e acenei
– nada de novo sob o sol
as referências eram outras
reverências
mas não deu tempo

o tempo dos rios
dos aeroplanos
dos aeroportos
dos passarinhos
migratórios
vi
mas não estava lá

o trânsito de marte
o tráfego aéreo
congenstionamento solar
me atrasei
o que é que eu tô fazendo aqui?

é bom estar no multiverso
sempre acreditei que a poesia
salvaria o mundo
dos deuses e da ciência
mas isso foi antes
de te conhecer

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